Viajar com bebê pra mãe que tem toda uma rotina
certinha de alimentação do filho, é um tanto tenso. As novidades e a excitação “alimentam”
a criança e a última coisa que ela quer é uma colherada de arroz e feijão. Fui
viajar com meu filho no mês que passou (por isso meu sumiço do blog) e nos
primeiros dias papai e mamãe quase que entraram em pânico! Teve dia que o baby
almoçou 1 fatia de pão e uns goles de suco! Até que lembrei de uma frase que li
de um pediatra que gostei muito. Ele dizia: o melhor abridor de apetite,é a
fome! E assim liguei meu botãozinho do RELAX.
Sou contra substituir refeições por lanchinhos,
tipo biscoitos, salgadinhos, bolos, etc. Penso que dessa forma, a criança vai
acostumar a almoçar ou a jantar besteiras e assim vai sempre preferir
besteiras. Creio (digo creio porque não tenho experiência, apenas observo) que
a criança vira “bobeiramaníaca” porque os pais acham que é melhor comer a
bolachinha do que ficar de estômago vazio. Eu prefiro o estômago vazio, que cá
ente nós eles nem sentem, pois como falei, estão “alimentados” de novidades e
estímulos. Assim, o apetite para a próxima refeição estará a mil (ou não,
hehehehe!) pra ele comer bem o que realmente importa.
Se a criança está saudável, se está crescendo e se
desenvolvendo bem, porque estressar com a falta de apetite passageira? De
repente, nessas oportunidades podemos estar deseducando nossos filhos em
relação à alimentação. A família vai comer e o filho só quer o pão do couvert?
Paciência. Dê o pão do couvert e um suco. Não leve seu kit snack pra dar no almoço.
Na próxima refeição ele estará com FOME, aí você aproveita e oferece uma fruta
e um lanchinho mais rico e aí ficará prontinho pro jantar.
Existem horas do dia que eles tem mais apetite ou
tipo de refeições que eles preferem mais. Meu filho adora frutas e mandava ver
no café da manhã do hotel. Nessa hora eu aproveitava pra dar todas as frutas
que ele mais gostava e assim, garantia que se ele não quisesse almoçar, pelo
menos já estava bem alimentado.
Outra coisa que as mamys batalhadoras por uma
alimentação saudável dos filhos, como nós, ficam de cabelo em pé, são os
eventuais petiscos de férias. Aquele pastelzinho de praia, a batatinha frita que
a criança da barraca vizinha tá comendo e oferece pro seu filho, ou mesmo um
baita sorvete com cobertura que você quer comer e seu filho fica de olho: o que
fazer??? Dê a ele, uai! O máximo que pode acontecer é uma dorzinha de barriga.
Experimentar faz parte do desenvolvimento da criança. Uma coisa é experimentar
porque as coisas estão ali, a criança está vendo e tem vontade. Outra coisa é
você oferecer pra ela sem ela saber que aquilo existe (ou seja, ela nem sente
falta).
Claro que cada idade tem suas restrições, bom
senso, né mamys? Mas lembrem-se que tudo que é proibido torna-se mais
atraente...e gostoso!
Não vamos criar neuras nessas cabecinhas desde cedo.
Se elas tem vontade, deixem experimentar (falo isso até pra carne, por que
não?). Elas tem que descobrir por si só o que gostam, o que querem. Nossa
tarefa é orientar e oferecer o melhor que pudermos, agora o caminho que elas
vão seguir, só cabe à elas. Se vão preferir doce ou salgado, quem somos nós pra
mandar nas papilas gustativas delas?
Aproveitem as férias para ocupar a cabeça com os
momentos bons que vocês irão passar juntos e deem uma folga também pro cardápio
certinho e saudável. Afinal, logo chega a segunda-feira e começa tudo de novo.
Beijos sabor jabuticaba (é época!)